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ZINCO CONTRIBUI OU NÃO CONTRIBUI NO COMBATE À COVID-19? EIS A QUESTÃO...

  • Lígia Molina
  • 6 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

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Nos últimos meses, os benefícios do zinco para a saúde ganharam holofotes. Afinal, esse mineral é ou não capaz de prevenir manifestações graves causadas pela Covid-19? Importante aliado do sistema imunológico, conhecido por seus efeitos antivirais, o zinco tem sido alvo de pesquisadores que buscam resposta para essa pergunta. É fato que não existe uma resposta ainda definitiva. Mas, dados de uma pesquisa preliminar, divulgados em uma conferência on-line na Europa, no final de setembro, indicam uma possível ligação entre níveis mais baixos de zinco no sangue e menor resistência aos efeitos do vírus em pessoas acometidas.


Em estudo retrospectivo, o Dr. Roberto Güerri-Fernández analisou pacientes sintomáticos, internados em um hospital de Barcelona, na Espanha, entre os meses de março e abril. Os níveis de zinco no sangue em jejum de 611 homens e mulheres, com 63 anos de idade, em média, foram coletados durante esse período. Os pesquisadores também tiveram acesso a outros resultados de laboratório e dados desses pacientes, incluindo doenças pré-existentes.


Para a análise final, a equipe selecionou uma amostra representativa de 249 pacientes, incluindo 21 que morreram. Os níveis de zinco desses pacientes correspondiam, em média, a 61 µg/ dL durante o período de hospitalização. Porém, no comparativo entre sobreviventes e não sobreviventes, a diferença foi significativa: 63,1 µg/ dL (sobreviventes) vs. 43 µg/ dL (não sobreviventes), em média. Após o ajuste das variáveis – como idade, sexo e gravidade da doença –, cada aumento nos níveis sanguíneos de zinco no momento da admissão do paciente foi associado a um risco 7% menor de morte hospitalar causada pela doença. “Níveis mais baixos de zinco na admissão se correlacionam com maior inflamação no curso da infecção e pior resultado”, observaram os autores do estudo.


Embora esse estudo associe os níveis mais baixos de zinco na admissão ao aumento do risco de morte em pacientes com Covid-19, isso não prova que um seja a causa do outro. Os autores reconhecem que mais pesquisas são necessárias para identificar qualquer possível efeito terapêutico.


De qualquer forma, avaliar se os níveis de zinco obtidos via dieta são suficientes é importante, já que a insuficiência ocorre, geralmente, devido à ingestão ou absorção inadequada desse mineral. Aumentar o consumo de alimentos ricos em zinco, como ostras, carne vermelha, feijão e nozes, ou tomar um suplemento pode ser necessário. Essa avaliação deve sempre ser feita por um médico ou nutricionista.


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